Ao ler o título Terra de Gigantes na capa da revista, imediatamente veio-me à memória o quanto eu gostava dessas histórias de gigantes e pequeninos onde os pequeninos com sua inteligência e esperteza saiam-se vitoriosos em relação aos gigantes.
He, he... Quando crianças, sentimo-nos medrosos e assustados diante dos maiores e mais velhos ainda mais quando eles nos pegam para saco de pancadas ou para Cristo.
Daí, essas histórias de pequeninos e gigantes, constituir-se numa verdadeira catarse para a criança, visto que ela sente que pode com os gigantes que a atormentam.
Acho que foi por isso que eu me tornei o filho mais inteligente de meus pais, visto eu ser o caçula dos homens na família e os mais velhos só tinham vantagens e podiam fazer o que quiserem, enquanto eu tinha que me recolher à minha insignificância tanto familiar como social.
A minha luta para me projetar e conquistar meu lugar ao Sol requereu de mim muito mais esforço, dedicação e força de vontade, pois eu nunca contei e nunca obtive aprovação familiar ou social para meus projetos, exceto críticas e, se obtinha algum sucesso em algo, lá vinha o famoso:- Não fez nada mais que a obrigação.
He, he... Realmente, essas histórias de gigantes e pequeninos lavam a alma da criança que acossada por seus medos e temores tem que se virar sozinha na vida para superá-los.
Tanto é que naquele tempo dos anos 70 havia o seriado Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes.
Estes três seriados (do mesmo diretor Irwin Allen) naquela época de extrema-direita no Brasil representavam em conjunto tudo aquilo que a criança sentia: oprimida da parte dos adultos e mais velhos (Terra de Gigantes), perdido no espaço, não sabendo onde podia ir e onde não podia, pois se ia apanhava e se não ia apanhava também; e finalmente, perdida no tempo, mal percebendo em si mesma as mudanças que o tempo e a idade iam promovendo em seu íntimo, ou seja, não sabíamos exatamente se ainda éramos crianças ou adultos e por isso vivíamos como crianças em corpo de adulto, tentando ainda realizar nossos velhos sonhos infantis.
Luiz Dias:
ResponderExcluirAo ler o título Terra de Gigantes na capa da revista, imediatamente veio-me à memória o quanto eu gostava dessas histórias de gigantes e pequeninos onde os pequeninos com sua inteligência e esperteza saiam-se vitoriosos em relação aos gigantes.
He, he... Quando crianças, sentimo-nos medrosos e assustados diante dos maiores e mais velhos ainda mais quando eles nos pegam para saco de pancadas ou para Cristo.
Daí, essas histórias de pequeninos e gigantes, constituir-se numa verdadeira catarse para a criança, visto que ela sente que pode com os gigantes que a atormentam.
Acho que foi por isso que eu me tornei o filho mais inteligente de meus pais, visto eu ser o caçula dos homens na família e os mais velhos só tinham vantagens e podiam fazer o que quiserem, enquanto eu tinha que me recolher à minha insignificância tanto familiar como social.
A minha luta para me projetar e conquistar meu lugar ao Sol requereu de mim muito mais esforço, dedicação e força de vontade, pois eu nunca contei e nunca obtive aprovação familiar ou social para meus projetos, exceto críticas e, se obtinha algum sucesso em algo, lá vinha o famoso:- Não fez nada mais que a obrigação.
He, he... Realmente, essas histórias de gigantes e pequeninos lavam a alma da criança que acossada por seus medos e temores tem que se virar sozinha na vida para superá-los.
Tanto é que naquele tempo dos anos 70 havia o seriado Perdidos no Espaço, Túnel do Tempo e Terra de Gigantes.
Estes três seriados (do mesmo diretor Irwin Allen) naquela época de extrema-direita no Brasil representavam em conjunto tudo aquilo que a criança sentia: oprimida da parte dos adultos e mais velhos (Terra de Gigantes), perdido no espaço, não sabendo onde podia ir e onde não podia, pois se ia apanhava e se não ia apanhava também; e finalmente, perdida no tempo, mal percebendo em si mesma as mudanças que o tempo e a idade iam promovendo em seu íntimo, ou seja, não sabíamos exatamente se ainda éramos crianças ou adultos e por isso vivíamos como crianças em corpo de adulto, tentando ainda realizar nossos velhos sonhos infantis.
João da Rocha Labrego
Obrigado ao Blog e ao Vargas.
ResponderExcluirGrazie!
ResponderExcluirÓtima série essa dos Patos Galácticos. Obrigado!
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