O amigo Daniel Alencar, do blog"A Gibiteca" criou uma edição virtual não oficial do "Almanaque Disney" e dando continuidade à numeração da Editora Abril. Traz histórias do Tio Patinhas, Darkwing Duck, Os Incríveis, Carros, Zé Carioca produzido na Holanda e uma matéria inédita sobre o Darkenblot. Quem sabe este gibi incrível volta às bancas com esta homenagem?
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| Produzido pelo blog "A Gibiteca" |
Grande Luis,
ResponderExcluirMuito obrigado por prestigiar mais uma lançamento nosso...
Realmente a ideia foi de homenagem, quem sabe de um empurrão para a volta dele... :)
Seria bem legal mesmo...
Um grande abraço, amigo...
Daniel
Ficou muito bom! Parabéns ao Daniel e à Gibiteca! abs
ResponderExcluirLuiz Dias:
ResponderExcluirÁ exemplo da série Nova Patópolis gostaria de deixar aqui o capítulo final desta minha saga que bem poderia ser chamada "Em busca do sentido dos quadrinhos".
Depois que ouvi no rádio que pesquisas médicas mostraram que cerca de 70% da ansiedade (estresse) e da depressão são reduzidas através do hábito da leitura, muitas coisas passaram a fazer sentido para mim pois, apesar de ter lido muito sobre psicologia, psicanálise, antropologia, sociologia, etc., as coisas ainda não se encaixavam direito em minhas impressões acerca da minha experiência de vida.
Sou filho de pais portugueses e conheci outros dois filhos também de pais portugueses que, pode se dizer assim, foram colegas meus de infância: um de escola e outro de apenas trocar gibis.
Através do colega de escola dei asas à imaginação na área de Eletrônica e através do colega de gibis eu dei asas à imaginação na área das fantasias.
O colega de escola tornou-se técnico em Eletrônica e o de gibis não sei no que se tornou se bem que a última vez que eu o vi foi há 29 anos atrás, quando então eu tinha 20 anos de idade.
Nesse encontro, esse colega de gibis tirou da bolsa vários livros de Perry Rhodan, cuja série ele passou a acompanhar e mostrou-me tão orgulhosamente esses livros que tive a impressão de que ele tinha se achado na continuidade de sua mania infantil de ler gibis.
E ele lia gibis aos montes pois na casa dele havia caixas e mais caixas de gibis de Walt Disney.
Resumindo, havia entre esses dois colegas e eu uma característica em comum: não tínhamos amigos e muito menos liberdade para vivermos nossa infância de maneira normal pois não podíamos brincar com ninguém e muito menos sairmos de casa.
Eu, é claro, consegui me dar um pouco de experiência social mas esse meu amigo dos gibis não o conseguiu e passou praticamente toda sua infância e adolescência recluso.
Agora que sei que a leitura reduz em 70% a depressão e a ansiedade, e sabendo também que a criança instintivamente desenvolve hábitos que atenuam ou amenizam seus males emocionais, concluí que eu e esses dois amigos meus, filhos de pais portugueses, éramos crianças deprimidas e ansiosas, justamente por nossos pais não nos deixarem viver como crianças normais que precisam se movimentar e se relacionar com outras crianças, a fim de desenvolvermos uma personalidade humana saudável.
Foi por isso que vi uma grande ansiedade nesse meu colega de gibis quando este me mostrou sua coleção de Perry Rhodan.
Ele estava, como eu, em busca de um meio de dar continuidade àquilo que lhe fez tão bem na infância e que o deixava tão em paz e feliz consigo mesmo.
Continuação:
ResponderExcluirEu busquei nos estudos e no meu desenvolvimento profissional um sentido para minha vida pois não consegui encontrar na leitura uma continuidade aos meus anseios de felicidade portátil, ou seja, uma fonte de felicidade em forma de livros que dessem continuidade ao desenvolvimento de minhas fantasias iniciadas na infância.
É uma pena que nunca mais eu tenha encontrado esse colega de gibis pois gostaria de saber como ele se saiu na vida.
O colega de escola morreu aos 28 anos de idade pois tinha montado uma empresa em Sorocaba/SP e alguns funcionários estava roubando a empresa, levando peças eletrônicas da empresa para vender.
Ele descobriu e despediu todo mundo que estava roubando a empresa, apesar dos demais sócios terem-no avisado para deixar isso para lá pois não dava tanto prejuízo assim para a empresa.
Como ele costumava ir à um bar todo dia após o trabalho para tomar uma cerveja, a turma que foi demitida o esperou e quando o encontrou linchou-o, matando-o.
É... Parece-me que consegui responder às perguntas irrespondíveis que me assaltavam a mente durante a minha juventude e tenho certeza de que também esses amigos meus se fizeram as mesmas perguntas que eu me fiz.
Hoje eu entendo muita coisa mas o mais engraçado é que agora que eu sei de toda a verdade, descubro para meu espanto que sou incapaz de mudar a verdade ou mudar a mim mesmo.
O jeito é se aceitar como é e se gibis me faz bem que continue então lendo gibis.
Quando eu enjoar eu mudo para outra coisa mas tendo em mente agora que jamais poderei abandonar um hábito como o de leitura sem colocar outra coisa melhor e mais satisfatória no lugar.
O máximo que dará para eu fazer é mudar de gibis Disney para bolsilivros, de bolsilivros para romances, de romances para literatura universal e por aí vai.
Felizmente, aproveitei bem a pouca infância que tive para desenvolver gostos matemáticos, eletrônicos, informáticos, etc., ou seja, usei meus males para diversificar meus gostos na vida a fim de ter opção caso uma coisa não desse certo.
Bem...
Como você pode observar pelas minhas postagens anteriores, eu sempre me questionei sobre o papel dos gibis em minha vida e, por extensão, na vida dos poucos amigos que eu tive.
Parece-me que desenvolvi uma curiosidade científica sobre mim mesmo e responder às perguntas que eu me fazia sempre foi uma busca constante em minha vida.
Abraços.