27.4.13

ZÉ CARIOCA 1193

Scan e Tratamento: Vargas do Gremio

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2 comentários:

  1. Luiz Dias:

    Seguindo a minha tese pessoal de que o crescimento emocional dos quadrinófilos Disney foi de alguma forma truncado, pois na vida adulta não conseguiram substituir os quadrinhos por alguma atividade mais conforme àquilo que cultivaram na infância, decidi começar a ler bolsilivros de espionagem, faroeste, terror, policial, etc.

    À princípio, baixei da Internet alguns poucos exemplares que encontrei e, posteriormente, comecei a compra-los em sebos e bancas de jornais de gibis e revistas usados.

    Eu estava relutante em escanear esses bolsilivros para disponibilizá-los na Internet, pois só de pensar no trabalho que isso daria, devido ao volume de bolsilivros que acumulei, sentia-me desanimado.

    Ontem resolvi começar a escanear e agora que comecei, percebi o quão fácil e quão divertido é fazer esses escaneamentos.

    Tenho notado através de mim mesmo, é claro, que os bolsilivros constituem-se na realização das fantasias disneyanas, só que num mundo mais real e próximo daquele que vivemos.

    Por exemplo, nos gibis Disney há histórias fantasiosas de faroeste, astronáutica, espionagem, guerra, etc.

    Tudo isso, através dos bolsilivros, é realizado de forma mais realista tendo como pano de fundo a própria realidade social, política e econômica do momento, o que os torna bastante verossímeis.

    Gostaria de sua opinião a esse respeito e quem sabe, talvez você me ajude a criar um blog exclusivo de bolsilivros.

    Já tenho cerca de 260 bolsilivros baixados da Internet de vários blogs e agora estou acrescentando os meus próprios bolsilivros.

    Como cheguei a essa conclusão de que os bolsilivros são indispensáveis ao amadurecimento de nossas fantasias infantis?

    Oras, como não dá para observar as coisas hoje em dia pois essas modalidades de entretenimento em público estão praticamente extintas, comecei a rememorar o passado dos anos 70.

    Nessa época, as pessoas já sabiam o que queriam da vida já aos 18 anos de idade e envidavam esforços na realização daquilo que julgavam necessário e correto para si mesmas.

    Fiquei encafifado com isso pois não conseguia exatamente atinar com o que essas pessoas tinham de diferente ou o que faziam de diferente das demais pessoas.

    Relembrando mais ainda, notei que essas pessoas, nos anos 60, eram leitoras assíduas de revistas em quadrinhos e, depois de adultas, tornaram-se leitoras de bolsilivros nos anos 70.

    É claro que estou me referindo às pessoas que de alguma forma eu admirava na época e queria ser igual à elas, mas não sabia onde houve o corte em mim, ou seja, a ruptura na continuidade daquele modo de ser que eu tanto admirava.

    He, he... Essas pessoas que eu admirava - notei isso agora - não renunciaram às suas fantasias gibizescas e sim, transformaram-nas em aspirações mais realistas através da continuidade do hábito da leitura através dos bolsilivros.

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  2. Luiz Dias:

    Parece coincidência mas estou ouvindo a Rádio Estadão em AM e a jornalista acabou de falar que uma pesquisa médica constatou que a leitura reduz em cerca de 70% o nível de estresse e depressão nas pessoas.

    Acredito que muito de nossos problemas no período infantil foram mascarados pela leitura de gibis Disney, como mostra essa pesquisa e, por isso, quando abandonamos a leitura habitual na fase adulta, esses problemas voltaram, sem que que nos déssemos conta dos porquês.

    Agora começo a entender o efeito da leitura sobre mim e por que eu passei a me sentir bem quando voltei a ler revistas em quadrinhos.

    O problema das revistas em quadrinhos é que elas são infantis realmente e para nosso senso crítico aceitar a diversão que elas nos proporcionam tem-se que regredir muito em nosso senso de realidade adulto.

    Por isso, eu vi nos bolsilivros a melhor maneira de dar continuidade a esse hábito da leitura pois, como eu disse anteriormente, é uma forma mais realista de elaborar aquelas fantasias que fomos adquirindo na infância através dos gibis Disney.

    Dessa forma, por exemplo, quando lemos um bolsilivro relatando uma aventura espacial de forma mais realista, aquela fantasia sobre viagens espaciais que adquirimos na leitura de gibis acaba se desfazendo e sendo substituída por uma visão mais realista dessa viagem espacial.

    Diante disso, passamos a ver as coisas mais realisticamente.

    Caso mantenhamos aquela fantasia gibizesca inconsciente em nós sem a elaborarmos na fase adulta através de leituras mais realistas, quando alguém falar em viagem espacial despertará em nós as emoções e sensações infantis que sentíamos quando liamos gibis, deixando-nos meio que bobos ou abobalhados, agindo como crianças.

    Quando superamos essa fantasia infantil através de leituras mais realistas, caso alguém nos venha com esse papo de viagens espaciais, nós já sentiremos outra coisa pois nossas emoções a respeito desse tema já estarão amadurecidas.

    Agora entendo por que a década de 80 foi considerada uma década perdida, culturalmente falando.

    He, he... Vivendo e aprendendo.

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