29.2.16

O MUNDO DE DISNEY - POR ÁLVARO DE MOYA

Homenageando Àlvaro de Moya, o nosso próximo convidado ilustre da "Chutientrevista", eu trouxe uma repostagem de um seus livros mais importantes: "O Mundo de Disney" - que já havia sido mostrado originalmente em 2013, pelo amigo Chesco - do blog: "Gibis Clássicos".

Scan by: Viz / Esquiloscans

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FALTAM POUCOS DIAS PARA CONHECERMOS UM DESBRAVADOR MULTIMÍDIA!

Recentemente entrevistei um dos brasileiros mais incriveis que conhecí, e por isso pedí à um amigo que nos desse uma "prévia" do que teremos na próxima "Chutientrevista Especial" INÉDITA, no próximo fim de semana.
Só para contar uma de suas façanhas nos quadrinhos, é um dos responsáveis diretos pelo lançamento em 1952 da revista "Mickey" - pela Editora Abril - desenhando inclusive, várias capas!   
O amigo Antonio César Brito - membro do Grupo Esquiloscans - que é colecionador e gibólogo, teve a honra de conhecê-lo pessoalmente em 2010 e nos conta:

"Álvaro de Moya nasceu na cidade de São Paulo em 1930, filho do Cel. Salvador (Reformado pela antiga Força Pública do Estado de São Paulo) e de Dna. Amélia. 
Discorrer sobre sua vida é discorrer sobre a história dos Quadrinhos e da Televisão (Além do cinema) no Brasil.

Desde tenra idade, quando seu pai lhe perguntava: "Você quer ser engenheiro, médico ou advogado?", ele já respondia (Para desespêro do pai, naquela época): "Quero ser desenhista de histórias em quadrinhos", sua primeira paixão. 

Por volta dos 12 anos, eis que surge sua segunda paixão: o Cinema! Portanto, primeiro ele se apaixonou pela Nona Arte e depois pela Sétima Arte, sendo que em sua vida veio a dominar as duas de maneira brilhante.

Dentro de sua primeira paixão (A Nona Arte - as Histórias em Quadrinhos) podemos destacar as seguintes atuações: organização (Pioneiríssima) da "Primeira Exposição Internacional de Histórias em Quadrinhos", em 1951, na cidade de São Paulo; publicação do livro "Shazam!", considerado o maior livro sobre quadrinhos do Brasil e que inseriu as HQs como influência definitiva na Pedagogia, na Psicologia e na Cultura do país, além dos livros "História das Histórias em Quadrinhos", "O Mundo de Disney", "Anos 50 - 50 anos", "Vapt-Vupt" e "Literatura Brasileira em Quadrinhos"; chefia das delegações brasileiras aos congressos de HQs na Itália de 1966 a 1998; conferências em Buenos Aires, Nova Iorque, Roma, Lucca e Paris; convidado (Único brasileiro) pela Universidade La Sapienza, de Roma, para determinar a data do Centenário dos Quadrinhos. 


Além disso, como chargista e ilustrador, atuou nos jornais "O Tempo", "Jornal da Tarde", "Folha de São Paulo" e "O Estado de São Paulo.
Dentro de sua segunda paixão (a Sétima Arte - o Cinema), as seguintes atuações: co-roteirista do filme "Conceição"; cenógrafo do filme "Arara Vermelha"; roteirista do filme "O Goleiro", que recebeu o Prêmio Fábio Prado da UBE; programador do Cine Marajá de 1970 a 1977, onde criou as "Sessões Malditas". 

Além disso, na Televisão Brasileira (Também, de certa forma, faz parte da Sétima Arte) destacamos as seguintes atuações: elaboração dos desenhos dos letreiros de apresentação da TV Tupi no dia de sua inauguração em 18/09/1950; participou da diretoria da TV Paulista (Que mais tarde transformou-se na TV Globo) e da TV Excelsior nos anos 1960; inauguração da TV Bandeirantes em 13/05/1967; produção da telenovela "Os Imigrantes" na TV Bandeirantes nos anos 1980; participação na CBS-TV nos EUA. Como diretor de TV foi criativo e original, sendo que no "corte de imagens", foi considerado imbatível.

Além de todas essa atividades, Moya foi, por vinte anos (Com muito mérito), Professor da Universidade de São Paulo (USP), na matéria "Comunicação".
Estando hoje aposentado dessa função, tem uma empresa, através da qual dá palestras e entrevistas, entre outras atividades, e é Diretor Cultural da Associação dos Pioneiros da Televisão Brasileira.

Álvaro de Moya é casado com a atriz Anita Greiss, com quem teve dois filhos.




Atualmente, aos oitenta e cinco anos de idade (Muito bem vividos), mas, ao tirar a foto acima ao meu lado (No ano de 2010) êle comentou: - "Interessante, você está de camisa com listas horizontais e eu, com camisa de listas verticais.... acho que eu devia ter "posado deitado" para que nossas listas combinassem!"


O que demonstra que seu espírito e sua verve continuam tão "afiados" como sempre.

Álvaro de Moya, mais que um Mestre Disney e um Mestre das Artes é uma LENDA VIVA DA COMUNICAÇÃO NO BRASIL.
ÊLE será o próximo entrevistado de Luiz Dias, aqui no "Chutinosaco".


- Uma honra para mim, tê-lo conhecido pessoalmente!"


Texto e Pesquisa: Antônio Cesar Brito




EM BREVE...NÃO PERCAM! ÁLVARO DE MOYA AQUI, NO  BLOG!

14.2.16

ALESSANDRO GOTTARDO NA PRIMEIRA CHUTIENTREVISTA DO ANO!

Nesta primeira fase de "Chutientrevistas" com os "Mestres Disney de Todos os Tempos", teremos grandes convidados em 2016 - contando suas experiências com os quadrinhos - e o primeiro, é Alessandro Gottardo.


1) Mestre Alessandro Gottardo, obrigado por responder a estas perguntas de seus fãs no Brasil. Como, e quando você começou a sua carreira como artista? Quais são seus ídolos, desenhistas e escritores de quadrinhos Disney - e não Disney?


R: Eu comecei a desenhar e ler quadrinhos desde pequeno, como a maioria das pessoas da minha idade. O gibi Disney do "Topolino" tem sido uma forte referência da minha infância, junto com outros personagens como: "Geppo", "Trottolino", "Avó Abelarda", "Tiramolla", etc. 
Percebia nêsses clássicos italianos, a marca dos grandes: Sandro Dossi, Giorgio Rebuffi, Luciano Bottaro e Giovan Battista Carpi, que também desenharam Walt Disney. 
Quando adolescente, descobrí os super-heróis da Marvel, e Jack Kirby se tornou o meu ídolo. 
Então comecei a ler "Il Mago", uma revista de quadrinhos da Editora Arnoldo Mondadori. 
Foi nêsse gibi que eu fui capaz de reconhecer um estilo que eu já admirava no "Topolino" (Disney na época, não colocava o nome dos autores). Finalmente, eu conseguí saber o nome do artista que eu idolatrava nos quadrinhos Disney: Giorgio Cavazzano!


Desde criança, meus pais me ajudaram a seguir a minha vocação, meu pai sempre estava presente em busca dêsse sonho. 
Aos 12 anos, êle me levou ao grande desenhista Aldo Capitanio (1952-2001), que me ajudou muito no início.
Depois eu me formei na Escola de Arte e Publicidade.
Aos 16 ou 17 anos eu conheci Cavazzano em uma exposição. Pedí à êle um autógrafo, e êle generosamente se tornou meu Mestre. 
É uma pessoa especial, além de ser um grande artista.
Alguns anos mais tarde, Marco Rota me confiou a "missão" de minha primeira história para o "Topolino".
Desde então, se passaram mais de trinta anos - e duzentas histórias!





























2) No passado, você recebeu alguns scripts de Rodolfo Cimino (Entre tantos outros): "A Ilha dos Patos de Ouro"(Almanaque Disney 239), "A Planta Despoluente"(Tio Patinhas 407) e a história inédita no Brasil: "La Princepessa di Ghiaccio e Norge, il Giovane Blasonato". Diga-nos, como foi a sua relação com este grande escritor genial quando desenhou essas três histórias?





R: Cimino (1927-2012) era um escritor maravilhoso que eu idolatrava desde criança. Seu estilo era inconfundível e eu fiquei muito animado quando tive a oportunidade de trabalhar com êle. Eu tive sorte o suficiente para desenhar várias histórias suas.





Mais sortudo ainda, ao saber que Rodolfo era veneziano como eu - e históricamente, um grande amigo de Cavazzano, meu Mestre. 
Êle era uma pessoa notável, que impunha sua personalidade. Sua voz era poderosa e memorável. Ele era muito carismático e muito consciente de seu papel, como nosso "guia".
Ouvi-lo sempre foi um verdadeiro prazer, e seu apoio me faz muita falta, agora que êle se foi.



A coisa mais surpreendente é que muitas vêzes me chamou para me felicitar de como eu desenhei suas histórias.
Sentia-me um pigmeu na frente dêsse gigante.
Uma ocasião em que chegou com Cavazzano e Silvano Mezzavilla - outro grande roteirista - para almoçarmos, foi muito emocionante, como uma família!



3) Eu entrevistei recentemente Carlo Panaro. Qual foi a sua primeira história desenhada com um roteiro dêste escritor e como foi trabalharem juntos? E, por exemplo - quando você desenhou roteiros de Tito Faraci e Rudy Salvagnini - você conseguia sugerir mudanças em seus textos?


R: Eu realizei muitas histórias sobre os ótimos textos de Carlo Panaro, mas, eu não me lembro exatamente qual foi a primeira. ("Paperina e il Prisma Resolutori" - 1999) 




Sou muito amigo do Rudy Salvagnini, e eu o respeito muito. 
Eu acho sua série: "As Quartas do Pateta", realmente brilhante. 
Nêsses episódios (Desenhados por vários artistas), o Pateta convida o Mickey tôda quarta-feira para ouvir uma história escrita por êle mesmo.(Gottardo desenhou uma delas, inédita no Brasil: "Cuori Flambé") 

É claro que, nessas histórias em que ele é o herói, o Mickey se transforma num "ingênuo", como um "alívio cômico".
Um paradoxo engraçado. 
Foi muito bom trabalhar com Tito Faraci, é um autor ambicioso, e de grande cultura. Êle também tem a enorme vantagem de ser muito bom no convívio com o desenhista, o que não é muito comum.



4) Em: "Minnie e i Teleracconti delle Isole: Orchidea Selavaggia e I Tre Sogni Malesi", Rodolfo Cimino teve a idéia da trama original. Como foi para você ter a oportunidade de roteirizar e desenhar essa história de 50 páginas - até agora inédita no Brasil?


R: Esta é mais uma daquelas histórias que ficarão no meu coração. A autoria poética de Rodolfo Cimino emerge aqui em todas as suas peculiaridades.



5) O roteiro de Sergio Badino na história de 70 páginas, "Paperino al Giro d'Itália" (Inédita no Brasil) você trabalhou em conjunto com: Silvia Ziche, Carlo Limido e Marco Meloni. Como foi seu trabalho com cada um dêsses grandes artistas - e me pergunto se foi feito - com todos juntos, ou separadamente?


R: Separadamente, mas em grande velocidade! 
Essas histórias relacionadas a eventos sociais ou esportivos, precisam de autores especializados em fazerem em pouco tempo, tudo o que o gênero requer.
A redação de "Topolino" foi sempre muito bem organizada, e é primordial a capacidade dos diretores e editores em coordenar e se comunicar de forma eficaz com a gente, os autores "periféricos".
Nunca mais trabalhei com Sergio Badino.
Uma pena, porque êle é um ótimo escritor e uma pessoa agradável .



6) Como você trabalha em quadrinhos, Maestro Alessandro Gottardo? É verdade que você gosta de sempre deixar a TV e o computador ligados, enquanto desenha? Eu pergunto o que é: "Apocalipse"?  Você pode nos contar um pouco sôbre sua família?



R: Amo muito o meu trabalho, é a minha paixão. É um negócio em que a imaginação é um instrumento profissional, mas não é tudo. 
Pode ser cansativo, mas a maioria das vêzes é extremamente gratificante. Eu gosto de desenhar, eu amo escrever, e eu adoro quadrinhos Disney.

















Eu também sou um cinéfilo apaixonado, e muitas vêzes eu vejo filmes na TV ou no computador enquanto eu desenho. 
Só quando arte-finalizo as histórias, é que eu não posso me distrair.
Já "Apocalipse" foi uma grande aventura - uma empresa - onde me associei com o Davide Corsi, outro grande amigo meu. 
Nós tentamos o caminho do "Marketing de Guerrilha", para o qual nos convergimos, acreditando no método. 
Não foi o momento certo, pois tudo aconteceu no meio da grande crise de 2008.
Apesar do nosso comprometimento e trabalho serem muito apreciados, ninguém tinha o dinheiro para nos pagar!
Esta situação logo tornou-se insustentável. 
Foi uma grande experiência, de qualquer modo. Eu gosto do lado criativo da publicidade e, até hoje continuo frequentemente a ser um "freelance".
Eu estou muito ligado à minha família de origem -  infelizmente, eu perdi meu querido pai, num trágico acidente de carro. 
Êle tinha me apoiado muito quando garoto, na época que tentava ser um cartunista. Felizmente eu tenho o apoio e carinho de minha jovem esposa e meus dois filhos maravilhosos. Tudo isso além de desenhar, é claro!



7) Se você gosta de cinema, quais programas de televisão e filmes que você gosta? Quanto à música, que autores ouve, e o que conhece da nossa música brasileira? E nos quadrinhos, o que você acharia de fazer uma história para desenhar o personagem do Zé Carioca?


R: Como eu disse...eu sou um cinéfilo. Eu tenho uma enorme coleção de filmes que vejo e revejo, sempre.
São muitos os filmes e cineastas que eu gosto - só acho que eu não tenha suas obras completas: (Alfred) Hitchcock, (Ingmar) Bergman, (Federico) Fellini, Woody Allen, (François) Truffaut, (Alejandro) Jodorowsky, Billy Wilder, entre os "super clássicos".








(Paolo) Sorrentino e (Matteo) Garrone - entre os jovens italianos. (David) Lynch, (David) Cronenberg, (Alejandro Gonzáles) Iñárritu, Lars von Trier e muitos outros, no cinema internacional atual.






Infelizmente, eu sei muito pouco sobre o Brasil. 
Eu sei que aí existe uma produção de quadrinhos Disney de alto nível e aproveito esta oportunidade para saudar os meus colegas que estão em seu país.
Eu adoraria desenhar o velho Zé Carioca, e até mesmo o "Morcêgo Vermelho" (Peninha em versão Batman).
No Brasil também vive meu bom colega e amigo, Giacomo Michelon. 
Saudações, também para êle!
Minha esposa fala bem Português e me fez sentir o quanto é importante a sua música. 
O Vinicius de Moraes, que eu conheço nas versões de suas canções em italiano trazidas por Ornella Vanoni, Gino Paoli e outros.




8) Eu quero perguntar duas coisas: você poderia fazer um desenho autografado do "Professor Ludovico" para mim? E para terminarmos por favor, deixe uma mensagem para seus muitos fãs brasileiros, que visitam o blog "Chutinosaco".


R: Eu os saúdo, e desejo muitas coisas boas e belas. Continuem a seguir o mundo Disney - acredito que nós, os autores, nunca cansaremos de inventar histórias engraçadas e criativas, se sentirmos que nos acompanham, e que vocês gostam do nosso trabalho.
Obrigado, e até breve!


ALESSANDRO GOTTARDO



ALESSANDRO GOTTARDO IN ITALIANO

In questa prima fase di "Chutinterviews" con "Maestri Disney di Tutti i Tempi", avremo grandi ospiti nel 2016 - condividere le loro esperienze con i fumetti - e il primo è Alessandro Gottardo.



1) Maestro Alessandro Gottardo, grazie per aver risposto a queste domande dai suoi fans in Brasile. Come, e quando hai iniziato la tua carriera di disegnatore Disney? Quali sono i tuoi idoli, designer e scrittori in Disney e Non Disney fumetti?


R: Ho cominciato a disegnare e a leggere fumetti da piccolissimo, come quasi tutti quelli della mia età.
Disney, "Topolino" è stato uno dei capisaldi della mia infanzia, insieme ai tanti "succedanei" come "Geppo", "Trottolino", "Nonna Abelarda", "Tiramolla", eccettera eccetera.
Ricordo tra gli altri il segno dei grandi Sandro Dossi, Giorgio Rebuffi, Luciano Bottaro e di Giovan Battista Carpi, impegnati anche extra Disney. 
Da Teen ager scopersi i super eroi Marvel. Jack Kirby divenne il mio idolo. Poi cominciai a leggere "Il Mago", fumetto d'autore di Mondadori. Fu lì che riuscii a riconoscere uno stile che ammiravo su Topolino (All'epoca in Disney non mettevano il nome degli autori). Quindi riuscii a dare un nome all'artista che mi esaltava anche nei comics Disney: Giorgio Cavazzano! 
Da piccolo i miei genitori mi aiutarono a seguire la mia indole, mio papà mi accompagnava da grandi autori. A 12 anni mi portarono dal grande Aldo Capitanio che mi aiutò moltissimo negli anni successivi. Poi mi diplomai in una scuola d'arte e pubblicità. 
A 16 o 17 anni incontrai Cavazzano a una mostra. Gli chiesi un autografo e lui divenne generosamente il mio Maestro. E' una persona speciale, oltre a essere un artista immenso. 
Un paio d'anni dopo Marco Rota mi diede il mio primo incarico per Topolino. Da allora son passati più di trent'anni e duecento storie.



2) In passato, hai ricevuto alcuni script di Rodolfo Cimino per voi a disegnare, "Paperino e L'isola dei Portafortuna d'Oro", "Zio Paperone e Le Piante Disinquinante" e la storia, senza precedenti in Brasile: "La Principessa di Ghiaccio e Norge, il Giovane Blasonato". Diteci, come è stato il tuo rapporto con questo grande genio scrittore, a disegnare queste tre storie?

R: Cimino è stato un autore meraviglioso che amavo già da bambino. Il suo stile era estremamente riconoscibile e fui molto emozionato quando mi capitò di lavorare con lui. 
Ho avuto la fortuna di disegnare una ventina di sue storie. E la fortuna ancor più grande di conoscerlo e frequentarlo, essendo Rodolfo veneto come me e storicamente molto amico di Cavazzano, il mio maestro. Rodolfo era una persona straordinaria dalla personalità imponente. Aveva una voce forte e indimenticabile.
Era molto carismatico e molto consapevole del suo ruolo di "guida". Ascoltarlo era un vero piacere.
Ci manca molto la sua forza adesso che non c'è più. La cosa incredibile è che mi chiamava spesso per complimentarsi con me per come disegnavo le sue storie.
Io mi sentivo un pigmeo di fronte a questi giganti. Una volta venne a pranzo dai miei insieme a Cavazzano e a Silvano Mezzavilla, altro grande scrittore. Eravamo molto emozionati, in famiglia!



3) Recentemente ho intervistato Carlo Panaro. Qual è stata la tua prima storia disegnata con il testo di questo scrittore, e come si fa a lavorare insieme? E, per esempio, quando hai progettato gli script: di Tito Faraci e Rudy Salvagnini - mi capita suggerire cambiamenti nei loro testi?

R: Ho disegnato molte storie su testi del bravo Carlo Panaro, non ricordo esattamente quale sia stata la prima. ("Paperina e il Prisma Resolutori" - 1999) 
Di Rudy Salvagnini sono molto amico e lo stimo anche moltissimo. Trovo la sua serie "I Mercoledì di Pippo" davvero geniale. In questi episodi Pippo invita Topolino ogni mercoledì a sentire un racconto scritto da Pippo stesso. 
Naturalmente in questi racconti è Pippo l'eroe, mentre Topolino diventa il "fesso" spalla comica. Un paradosso divertentissimo.
Con Faraci è stato molto bello lavorare, è un autore ambizioso e di grande spessore culturale. 
Inoltre ha il grandissimo pregio di essere molto bravo a empatizzare col disegnatore. Non è una cosa molto comune.




4) "Minni si Teleracconti delle Isole: Orchidea Selvaggia sarà Tre Sogni Malesi" - era una trama originale di Rodolfo Cimino. Come hai l'occasione per voi a scrivere la sceneggiatura, e disegnare questa storia di 50 pagine, finora inedito in Brasile?

R: Questa è un'altra di quelle storie che mi restano nel cuore. La poetica autoriale di Rodolfo Cimino emerge qui in tutta la sua peculiarità.



5) Lo script di Sergio Badino alla storia di 70 pagine, "Paperino al Giro d'Italia" (Senza precedenti in Brasile) hanno elaborato insieme a: Silvia Zichi, Carlo Limido e Marco Meloni. Com'è stato lavorare con ognuno di questi grandi artisti, e mi chiedo se tutto fatto, tutto insieme o separatamente?


R: Separatamente, e in gran velocità! Queste storie legate a eventi mondani o sportivi hanno bisogno di autori esperti per poter stare nei tempi inevitabilmente stretti che il genere richiede.
La redazione di Topolino è in questo molto bene organizzata ed è fondamentale la capacità del direttore e dei redattori di coordinare e comunicare efficacemente con noi autori "periferici".
Con Sergio Badino non ho più lavorato. Peccato, perchè è un bravo autore e una persona simpatica.



6) Come si fa a lavorare nei fumetti, il Maestro Alessandro Gottardo? E vero che ti piace di lasciare sempre il televisore e il computer collegato, mentre il disegno? Mi chiedo che cosa vuol dire il nome: "Apocalisse . Ci può raccontare un po 'della tua famiglia?


R: Amo molto il mio lavoro: è la mia passione. E' un mestiere in cui la fantasia è uno strumento professionale, non è cosa da poco.

Può essere faticoso, ma il più delle volte è estremamente gratificante. Mi piace disegnare e mi piace scrivere e amo il comic Disney. Sono anche un appassionato cinefilo e vedo spesso dei film in tv o sul computer mentre lavoro.
Magari più nella parte in cui ripasso a china, dove si rischia meno di essere distratti. "Apocalisse" è stata una bella avventura, un'azienda cui mi associai insieme a Davide Corsi, altro mio grande amico. Tentammo la via del "Guerrilla Marketing", per il quale ci sentivamo e ci sentiamo francamente portati.
I tempi però non erano favorevoli, capitammo nel bel mezzo della grande crisi del 2008. Nonostante il nostro impegno e il nostro lavoro venissero molto apprezzati, nessuno aveva più i soldi per pagarci! Una situazione che diventò presto insostenibile. Fu una bellissima esperienza, però. Mi piace la parte creativa della pubblicità e in effetti continuo a frequentarla da free lance.
Sono legatissimo alla mia famiglia di origine, purtroppo ho appena perso il mio caro papà. E' stato tragicamente investito da un'auto.
Lui mi aveva molto sostenuto da ragazzo, mentre cercavo di diventare fumettista. Per fortuna ho il sostegno e l'affetto della mia giovane moglie e dei miei due splendidi bambini.
Tutti bravissimi a disegnare, naturalmente!




7) Se vi piacciono i film, che show televisivi e films, ti piace? Per quanto riguarda la musica, che gli autori di ascolto, e ciò che sappiamo della nostra musica brasiliana? Nel fumetto, cosa penseresti di una storia per disegnare il personaggio... Jose Carioca?


R: Come ho detto, sono un cinefilo. Ho un'enorme collezione di film che vedo e rivedo. Il film e i registi che apprezzo sono tantissimi, non credo di avere dei gusti tanto originali. 

Hitchcock, Bergman, Fellini, Woody Allen, Truffaut, Jodorowsky, Billy Wilder tra i classicissimi. Sorrentino, Garrone tra i giovani italiani.
Linch, Cronenberg, Iñarritu, Lars Von Trier e tanti altri nel cinema internazionale di adesso. 
Colpevolmente conosco poco del Brasile.
So che esiste lì una produzione di comics Disney di alto livello e colgo l'occasione per salutare i miei colleghi che ci sono nel tuo paese. 
Mi piacerebbe molto disegnare il vecchio Jose Carioca e anche il vostro "Paper Bat" (Paperoga, in versione Batman).
In Brasile vive anche il mio bravo collega e amico Giacomo Michelon.
Un saluto anche a lui! 
Mia moglie parla bene il portoghese e mi ha fatto sentire molta vostra musica importante.
Vinicius de Moraes, io lo conoscevo quasi solo nelle versioni italianizzate delle sue canzoni, portate qui da Ornella Vanoni, Gino Paoli e altri.




8) Vorrei chiedere due cose: si potrebbe fare un disegno autografato di "Pico de Paperis" per me? E per lasciare, prego un messaggio ai tuoi tanti tifosi brasiliani, che visitano il blog "Chutinosaco".




R: Vi saluto e vi auguro tante cose belle e buone. Contiunuate a seguire il mondo Disney: credo che noi autori non ci stancheremo mai di inventarci storie  divertenti e creative se sentiremo che ci seguite e che apprezzate il nostro lavoro.
Grazie a voi, e a presto! 



ALESSANDRO GOTTARDO

Grazie, Maestro Alessandro Gottardo per la sua intervista.
Un grande abbraccio dal Brasile.

7.2.16

MEU GIBÍ ANTONIO AYRES 11

ATENÇÃO: Façam seus downloads novamente, pois foi feita uma nova diagramação nesta edição!

Nosso amigo Antonio Ayres, do blog "Mundo Quadrinhos" nos envia mais uma edição da sua revista virtual com exclusividade! Além da volta do personagem "Saturnino" com "Seboso" e "Beroso", temos o "Capitão Ciência" - de Walter Johnson - adaptado pelo próprio Ayres. Divirtam-se! 

Desenhos e Diagramação: Antônio Ayres / Produção: Chutinosaco


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