25.4.14

ALMANAQUE DISNEY 31

Scan: Esquiloscans / Tratamento: Ricardo Drehmer
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9 comentários:

  1. Seqüência completa na WEB: Almanaque Disney 001 até 031.

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  2. Luiz Dias

    Gostaria de relatar algumas experiências interessantes que tenho vivenciado através da leitura dos gibis Disney.

    Algumas vezes, passo uma tarde inteira lendo os scans que baixei da Internet.

    Fico algumas horas me entretendo com a leitura.

    Findas essas horas, ao retornar do mundo da fantasia, vivenciado pela leitura dos gibis, tenho a impressão de que estou ainda em minha infância e me perguntando:- Onde estou?]

    É claro que depois de alguns segundos, eu retorno ao presente mas a sensação de estar no passado, lendo um gibi e tendo minha mãe no tanque lavando roupa é bastante forte em mim.

    Enfim, queria apenas dizer que para as pessoas que se deixam conduzir pelos enredos das histórias em quadrinhos, os gibis acabam se tornando uma verdadeira máquina do tempo para revisitarmos nossa saudosa infância.

    Todo hábito que desenvolvemos na vida, principalmente os infantis, criaram em nosso cérebro certas conexões neurais, conhecidas como vias neurais.

    Muitas dessas vias neurais continuam lá em nosso cérebro mas, por falta de uso ou reforço, elas já não produzem em nós aquelas emoções deliciosas que sentíamos na infância.

    Perseverando em minhas leituras disneyanas, fui percebendo que essas vias neurais iam tornando-se cada vez mais fortes e ativas em mim, o que passou a me proporcionar emoções deliciosas que há muito eu não sentia mais, mas sentia saudade de senti-las.

    He, he... Acho que essa é a melhor maneira de explicar tal fenômeno e o fato de o gibi praticamente ter sido a principal fonte de prazer para mim na infância, visto que eu não gozava de muita liberdade no meio familiar, a melhor a forma que eu tenho hoje de reviver minha infância é lendo gibis.

    João da Rocha Labrego

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  3. fecho com o
    joão Labrego, e complemento.. os personagens disney eram os nossos heróis e referências para uma geração oprimida e de poucos recursos ou nenhum recurso financeiro.

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    1. Ricardo Drehmer:

      Hoje tenho 50 anos de idade e recomecei a ler os gibis aos 40 anos de idade, portanto, já fazem 10 anos que retomei o hábito de ler gibis.

      Isso se deveu, principalmente, à Internet que passou a disponibilizar gibis de Walt Disney sob a forma de scans.

      Acho interessante, por exemplo, citar como foi que eu passei a gostar de matemática aos 13 anos de idade, logo após ler a última aventura da História e Glória da Dinastia Pato.

      Antes dos 13 anos, como eu não tinha brinquedos, os livros de Ciências tornaram-se para mim uma maneira de eu me realizar em minhas fantasias disneyanas, pelo menos como professor Pardal, através das experiências e montagens que eu via neles, tais como barômetro, galvanoscópio, eletroscópio, termômetro, etc.

      Infelizmente, a realização dessas experiências exigiam dinheiro que, apesar de pouco, eu não tinha.

      Eu estava de férias da sexta série do primeiro grau, pois já tinha passado para a 7a. série.

      Lendo, então, a última aventura do Tio Patinhas nessa história, ao final da mesma, o Tio Patinhas, através de um cálculo matemático, conseguiu ficar mais rico encontrando um tesouro numa pirâmide.

      Fiquei tão impressionado que refleti:- Oras, eu gosto de Ciências mas para fazer as experiências eu preciso de dinheiro. Na Matemática, só preciso de papel e lápis e isso eu já tenho e posso ganhar muito dinheiro com isso.

      Daí passei as férias inteiras às voltas com livros de Matemática, reaprendendo tudo que eu já tinha visto de Matemática nas séries anteriores e aprendendo tudo que eu ainda veria nas séries seguintes.

      Conclusão: cheguei à sétima série já sabendo de tudo que eu aprenderia nessa série em Matemática, chegando, inclusive, a participar da primeira Olimpíada de Matemática em 1977.

      Hoje, 30 anos depois, sou analista de sistemas e programador de computadores em qualquer linguagem de programação mas nunca deixo de dizer que foram os gibis que me inspiraram até mesmo na escolha dessa profissão.

      Alguns amigos meus daquela época de 1977 e 1978, reclamam para mim de que a vida não tem sentido, apesar de eles terem se casado e constituído família, bem como de terem se dado bem profissionalmente.

      Felizmente, eu não sofro dessa falta de sentido em minha vida pois não deixei-me levar pelo orgulho e por isso sei que o sentido de minha vida sempre foi determinado pelas coisas que eu li na infância e adolescência.

      As pessoas que reclamam da falta de sentido de suas vidas é porque não querem admitir que o sentido de suas vidas foi um simples gibi, um seriado ou algum filme que assistiram.

      Elas querem se esforçar para acreditarem que o sucesso que obtiveram na vida foi única e exclusivamente graças à sua própria inteligência.

      Na verdade essas pessoas não sofrem de falta de sentido na vida e sim, de não aceitarem em si o sentido de suas vidas, querendo substituí-lo por outro como:- Eu fui o bom! Eu fui o The Best! Eu jamais seria idiota ao ponto de me deixar influenciar por gibis, filmes ou seriados! Afinal, eu tenho PERSONALIDADE! Só idiota é que se deixou levar por fantasias na infância e acha que tudo que é hoje deve a Deus, aos gibis, a Walt Disney, etc.

      Infelizmente, o ego humano é assim e essas pessoas não sabem o que estão perdendo por rejeitarem em si mesmas a sua história de vida e origens humildes.

      João da Rocha Labrego

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    2. Onde se lê:
      Hoje, 30 anos depois, sou analista de sistemas...
      Leia:
      Hoje, já fazem 30 anos que sou analista de sistemas...

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  4. Belo relato João e continue sonhando.

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    1. Nunjo Silva:

      Todos os fãs dos quadrinhos Disney tem uma história bonita de vida pois sei hoje que os quadrinhos Disney tiveram o dom de nos deixar insatisfeitos com nossa realidade no passado, deixando-a sem graça e insípida.

      Ao mesmo tempo que os quadrinhos Disney nos indispunha com a nossa realidade, também nos oferecia meios de superarmos a mesma, com o uso de nossa imaginação e de nosso esforço pessoal.

      Por exemplo, quando eu, com 21 anos, comecei a estudar o Curso Técnico em Processamento de Dados (em 1985) eu me via como o Tio Patinhas procurando ouro no Klondike, ou seja, dando tudo de mim para ter sucesso nessa empreitada.

      Como vê, o esforço e exemplo do Tio Patinhas para obter o que mais desejava, ou seja, tornar-se o pato mais rico do mundo, acabou me ilustrando na maneira como eu deveria conduzir minha luta pessoal rumo ao sucesso profissional, sem esmorecimentos e desânimos, muito pelo contrário, fazendo deles mais motivação ainda para seguir em frente.

      O que percebo nessas gerações atuais de pobres como nós que fomos fãs dos quadrinhos Disney, é que muita gente hoje tem dó de si mesma.

      O Tio Patinhas ensinou-nos a não termos dó de nós mesmos, envidando todos os esforços possíveis no rumo de nossos objetivos, bem como de após cada fracasso redobrarmos nossos esforços na luta pelo sucesso.

      Tenho certeza de que essa minha característica da personalidade foi inspirada por esse grande personagem Disney.

      Por isso, não digo que eu sonhava mas sim, que eu antevia uma realidade possível à minha frente que, devido às dificuldades impostas pelas minhas condições sociais e financeiras, pareciam mais fantasiosas do que realistas.

      Hoje minha família se surpreende com o fato de o mais bobo da família que era eu na opinião de meus familiares, ter se dado melhor na vida.

      Por isso, hoje eu defino hoje as fantasias como sendo uma cenoura presa à uma linha pendurada por uma vara (como uma vara de pescar onde a cenoura faz o papel de isca) colocada à nossa frente e no esforço de alcançá-la um dia não medimos obstáculos e nem dificuldades.

      Essa insatisfação e decepção com a realidade foram fomentadas de fato em nós através da literatura Disney e cada um de nós inventou um jeito criativo de superar essa insatisfação e decepção.

      É por isso que aposto e ganho que todos os fãs Disney, caso procurem correlacionar os personagens Disney com suas experiências subjetivas de vida perceberão muitas similaridades com os mesmos, o que torna tais experiências de vida bastante interessantes e, por que não, até mesmo bonitas.

      João da Rocha Labrego

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  5. Obrigado pela postagem.
    Alain

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  6. Muito bom este almanaque, só é pena as páginas 112 e 113 terem ficado desfocadas, não sei se repararam nisso. Mesmo assim, valeu!

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