17.7.15

17-07-1955, DOMINGO NEGRO?

A "Disneyland" foi o primeiro de dois parques de diversões construídos no "Disneyland Resort". É o único parque temático projetado e construído sob a supervisão direta de Walt Disney e, originalmente era a única atração na propriedade. Seu nome foi mudado posteriormente para "Disneyland Park" para distinguí-la do complexo que surgiu na década de 1990.
Walt Disney veio com o conceito da "Disneyland" após visitar vários parques com suas filhas na década de 1930 e 1940. Êle inicialmente visava apenas construir uma atração turística vizinha aos seus estúdios cinematográficos em Burbank, para entreter os fãs. No entanto, êle logo percebeu que o lugar proposto inicialmente era muito pequeno. Ao contratar um consultor para ajudá-lo a determinar um local apropriado para seu projeto, Walt comprou um local de 65 hectares próximo a Anaheim em 1953.
A construção começou em 1954 e o parque foi inaugurado durante um evento especial televisionado no canal ABC em 17 de julho de 1955. 
A inauguração do parque ocorreu num evento para a imprensa internacional, visitantes convidados e artistas. Embora 28 mil pessoas tenham comparecido, apenas metade dêles eram verdadeiros convidados, com o resto adquirindo ingressos falsificados ( E isso já naquela época!). 
Os eventos especiais de domingo foram televisionados nacionalmente e apresentados por grandes amigos de Walt Disney - 3 astros de Hollywood: Robert Cummings, Art Linkletter e Ronald Reagan.
A "ABC TV" (Hoje do Grupo Disney) transmitiu o evento ao vivo, enquanto muitos visitantes tropeçavam nos enormes cabos de câmera da televisão, e outras confusões aconteciam. Em "Frontierland", por exemplo, a câmera mostrou Robert Cummings beijando uma dançarina. 
Quando Disney começou a apresentar "Tomorrowland", êle leu uma parte do texto na "dália" e de repente parou. Quando um técnico avisou, Walt percebeu que estava ao vivo, e disse: - "Eu pensei que tive um sinal" - e recomeçou a ler tudo de nôvo. Em outra situação inusitada,  enquanto estava na "Fantasyland", Linkletter tentou chamar Cummings, que estava no navio pirata.
Como êste não estava preparado, tentou retornar a transmissão para Linkletter, que havia perdido seu microfone. Aí êle começou a procurá-lo desesperadamente em frente do "Mr. Toad's Wild Ride" - para lhe entregar o seu, e tudo ao vivo!
O tráfego aumentou nas duas pistas da Harbour Boulevard. Pessoas famosas que estavam agendadas para aparecer a cada 2 horas na transmissão, apareceram tôdas de uma vez. A temperatura estava mais alta que o normal (38° C) e devido a uma greve dos bombeiros locais, Walt Disney teve que decidir: ou teria seus bebedouros funcionando ou os banheiros - evidentemente a segunda opção foi escolhida, deixando muita gente com sêde. 
Isto gerou uma publicidade negativa, visto que a Pepsi patrocinou a abertura do parque. Visitantes desapontados acreditavam que os bebedouros desligados era uma forma disfarçada de forçar a venda do refrigerante, enquanto outros fornecedores acabavam com a comida. O asfalto que havia sido derramado naquela manhã estava mole o suficiente para o salto das mulheres afundar nêle. Um vazamento de gás em "Fantasyland" causou o fechamento à tarde de "Adventureland" e de "Frontierland". 
Irresponsávelmente, alguns pais chegaram a jogar seus filhos nos ombros de outras pessoas na multidão para fazê-los entrar nas atrações, como no "King Arthur Carrousel". Anos mais tarde, Walt Disney e seus executivos se referiam à  17 de julho de 1955, como: "Black Sunday" (Domingo Negro). Depois do caos da abertura, o próprio Disney convidou os presentes para voltarem no dia seguinte para experimentarem  a "Disneyland" verdadeiramente.
Uma multidão fêz uma fila interminável à partir das 2 horas da madrugada. Curiosamente, a primeira pessoa a  entrar no parque foi David MacPherson, com o ingresso número 2 - pois Roy Oliver Disney (Irmão de Walt) conseguiu comprar o ingresso 1 de Curtis Lineberry, que era gerente de admissões.
No entanto, existe uma foto oficial de Walt Disney com duas crianças: Christine Vess Watkins (5) e Michael Schwartner (7) - que, por desatenção de sua equipe errôneamente foram identificados como os "dois primeiros visitantes da Disneyland".
Ambos receberam ingressos  vitalícios para visitarem o parque naquele mesmo dia, além de MacPherson (O segundo visitante) também ser, premiado depois com esta "dádiva". Mais tarde, esta determinação concedida aos três jovens foi expandida para TÔDOS os parques do Grupo Disney. 
Na segunda-feira (18/07/1955) o parque foi reaberto ao público, apresentando 20 atrações e aproximadamente 50 mil visitantes compareceram.
Desde sua abertura, a "Disneyland" passou por várias expansões e renovações, incluindo a adição da "New Orleans Square" em 1966, "Bear Country" (Hoje o Critter Country) em 1972 e o "Mickey´s Toontown" em 1993. O "Disney California Adventure Park" foi construído no local do estacionamento original da "Disneyland" e abriu em 2001.
A "Disneyland" possui o maior público acumulado dentre todos os parques temáticos do mundo, com mais de 650 milhões de visitantes desde sua abertura. Em 2013, o parque atraiu aproximadamente 16,2 milhões de visitantes, e se tornou o terceiro parque mais visitado do mundo naquêle ano. De acôrdo com um relatório de março de 2005 da The Walt Disney Company, há 65.700 empregos sustentados pelo "Disneyland Resort", que inclui 20 mil empregos direitos no resort e 3.800 terceirizados.

A "Disneyland Park" teve quatro fechamentos não programados: 
1) 1963, após o assassinato do Presidente John F. Kennedy. 
2) 1970, devido a um protesto anti Guerra do Vietnã, instigado pelo Partido Jovem Internacional. 
3) 1994, para inspeção após o terremoto Northridge de 1994. 
4) 2001, após os ataques de 11 de setembro. 
Fonte de Pesquisa: Wikipédia, a Enciclopédia Livre

11 comentários:

  1. Uma bela história.
    Lembro ainda que o amigo postou aqui no Chutinosaco uma edição comemorativa aos 30 anos do parque.
    Obrigado!

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  2. Uma bela história de uma pessoa que perseguiu o seu sonho.
    Lembro ainda que já foi postado aqui no Chutinosaco uma edição comemorativa aos 30 anos do parque.
    Obrigado!

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    1. É verdade, Mauri.
      E daqui algumas horas...teremos aqui uma edição comemorativa EXCLUSIVA dos 60 Anos dêsse sonho mágico!

      Um abraço!
      Luiz Dias

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  3. LUIZ, MUITO OBRIGADO POR ESTAS INFORMAÇÕES A RESPEITO DESSE PARK. EU HOJE TENHO 60 ANOS DE IDADE E DESDE CRIANÇA SEMPRE QUIS CONHECER A DISNEYLANDIA, PORÉM NASCIDO EM UMA FAMÍLIA DE POUCAS POSSES NUNCA PUDE VISITAR. HOJE ATÉ POSSO VISITAR MAS NÃO MAIS COM AQUELA VONTADE DE BRINCAR NOS APARELHOS...ABRAÇOS E PARABÉNS PELAS POSTAGENS...VISITO SEU BLOG TODOS OS DIAS
    VLADEMIR FERREIRA

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    1. Salve Vlademir! Fico muito feliz em poder trazer aqui boas lembranças a todos vocês! Em breve teremos uma edição especial com histórias na Disneylandia, só com os personagens Disney!

      Um abraço!
      Luiz Dias

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  4. muito interessante, eu não sabia de nada desta história.

    Wilson

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    1. Salve, Wilson!
      E lá no site "Wikipedia, a Enciclopedia Livre"...muitas outras curiosidades sobre êste incrivel parque!

      Abraço!
      Luiz Dias

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  5. Grande Luiz Dias:

    Fico a me perguntar se algum de nós, fãs de Walt Disney, nunca sonhou na infância em visitar a Disneylândia.

    Eu chegava a acreditar que na Disneylândia existiam mesmo todos os personagens Disney tais como Tio Patinhas, Mickey e outros.

    Pelo tamanho de meus sonhos infantis eu hoje percebo o quanto minha infância foi pobre de quase tudo: liberdade, alegria, amizade, etc.

    Felizmente, nosso cérebro é um fenômeno: se a realidade é pobre para nos satisfazer as vontades e necessidades, ele cria as fantasias que corroboradas ela literatura Disney, tornam-se um oásis em meio a um deserto.

    São grandes homens como Maurício de Souza e Walt Disney que tornaram a infância de muita gente menos dura do que poderia ter sido.

    Hoje, inacreditavelmente, possuo, graças à Internet, um acervo de quase 40.000 gibis escaneados, desde os de faroeste como Tex, Zagor, Ken Parker, Zorro, etc., passando pelos títulos publicados pela extinta EBAL e concluindo com as revistas de Walt Disney.

    Sim, é um acervo fantástico para mim e posso dizer que passei a vida inteira ganhando bem na área de Informática mas não importava o quanto eu ganhasse: sempre me sentia pobre.

    Hoje sei a natureza dessa pobrice em mim: meu maior valor na vida, sem eu me dar conta disso, eram os gibis. Hoje, sinto-me realmente rico não porque ganho bem mas sim, porque meu referencial de riqueza na infância eram os gibis que a pessoa possuía e não o dinheiro.

    Tenho hoje um acervo de quase 40.000 gibis, sinto-me plenamente rico como se nunca mais na vida eu corresse o risco de ser infeliz.

    Era isso que os gibis significavam para mim na infância: aventuras garantidas mesmo estando preso dentro de casa ou numa condução.

    Eu, na infância, imaginava que se tivesse caixas e mais caixas de gibis como alguns colegas meus tinham, eu nunca mais seria infeliz pois teria gibis para ler por toda a vida.

    Hoje tenho e creio que nem até os 100 anos de idade eu conseguirei dar conta de ler tantos gibis.

    He, he... São essas coisas que a gente vai descobrindo a nosso respeito quando nos botamos a sondar nossos conteúdos inconscientes depois de adultos e com isso, muita coisa dentro da gente vai se resolvendo.

    Hoje, por incrível que pareça, tento sentir empatia por alguém que se diz infeliz e não consigo mais.

    Antes sentia até demais porque não acreditava na felicidade e me doía pelas pessoas infelizes até mesmo para fugir de minha própria infelicidade com minha vida.

    Hoje se alguém se diz infeliz eu tenho o conselho na ponta da língua:- Vá ler gibis que isso passa.

    Como vê, hoje eu acredito na felicidade e, ao menos para mim, a felicidade está no gibi e não nos teatrinhos que criamos na vida para nos dar uma sensação de estarmos vivendo mas que na verdade só está nos fazendo perder tempo com coisas que não nos preenchem a vida.

    CONTINUA...

    João da Rocha Labrego

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  6. CONTINUAÇÃO:

    Lendo gibis aprendo a ler, a escrever, a elaborar ideias, a elaborar sentimentos, a elaborar emoções, enfim, uma porrada de coisas que as pessoas que não leem jamais imaginarão ser possível um indivíduo realizar interiormente.

    Nosso imaginário se expande e passamos a ver mais sentido nas coisas que nos cercam e até mesmo atribuímos nomes de personagens às diversas personalidades humanas com as quais nos deparamos na vida, tornando-as muito mais engraçadas e até mesmo previsíveis em seus atos.

    Acredite ou não, o que nos faz felizes não é o que sabemos sobre a realidade através das ciências exatas e humanas, mas sim, o nosso imaginário enriquecido culturalmente que nos fornece símbolos para não nos entediarmos da realidade em que vivemos.

    Observe um sujeito que estudou demais e só leu livros de Ciências e Matemática. Ele é pobre por mais que ganhe dinheiro pois a convivência social o enfastia visto que ele vê à tudo como mais do mesmo.

    Já quem alimenta saudavelmente seu imaginário vê novos sentidos em tudo que olha. Vê uma garota bonita, por exemplo, não como um aglomerado de células, átomos e moléculas, mas sim, como uma fada que lhe fará muito feliz e realizará todos seus desejos.

    He, he... Enfim, sem fantasia não dá para ser feliz. Conhecimento é para ganhar dinheiro para termos recursos para buscarmos a felicidade pois se eu não tivesse dinheiro eu, talvez, nunca pudesse manter uma Internet e, com isso, baixar todo esse acervo que baixei.

    Uma das coisas que mais me fascinou na literatura Disney foi a Enciclopédia Disney.

    Essa enciclopédia era o elo perdido que faltava para unir a fantasia à realidade, proporcionando-nos conhecimento objetivo da realidade aliado às fantasias dos heróis Disney.

    Realmente, foi uma coisa brilhante a ideia dessa enciclopédia e olha que os conhecimentos contidos nela são do tempo da educação clássica nas escolas públicas.

    Não querendo mais me delongar neste meu pequeno comentário, deixo aqui minhas saudações e incentivos à essa grande obra também que é o Blog Chutinosaco.


    João da Rocha Labrego

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  7. Linda Historia, lição de vida e persistencia. valeu mesmo.

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