Apesar de eu tecer lôas aos gibis, me surpreendo com o fato de um amigo meu que lia bastante gibis também não ter seguido o lado ético e moral prescrito pelas aventuras dos personagens.
Parece-me que este amigo se identificou mais com os vilões das histórias do que com os heróis.
Não que ele tenha se tornado criminoso mas tornou-se, de certa forma, roleiro e trapaceiro.
Apesar de considerarmos essa escolha um tanto errada ele acabou se dando bem pois quem é que não gosta do Zé Carioca?
Pois é... O estilo de vida desse amigo se parece muito mais com o estilo de vida do Zé Carioca do que o estilo de vida de qualquer outro bandido.
Das pessoas que conheço que liam gibis nenhuma quis encarnar o Mancha-Negra, o João Bafo-de-Onça, os irmãos Metralhas, etc.
Parece-me que as histórias de Walt Disney tinham o dom de nos saturar da maldade e esperteza dos vilões de tal forma que ninguém ousou copiar esses vilões e fazer deles os seus heróis.
Acho que de tanto o Mickey apanhar e o vilão levar vantagem no decorrer da história para, no final, se ferrar, acabou desenvolvendo em nós uma certa ojeriza pelas vantagens fáceis sem desafios à nossa inteligência.
Por isso, o Mickey posando de herói ingênuo e fracote mas que no final vencia através da inteligência ou astúcia, foi moldando em nós o amor pelo desafio e pelas coisas difíceis e passamos a achar que não valia a pena ser bandido por ser fácil demais para um bandido se dar bem, bastando apenas ser mais forte ou estar armado.
Já o Mickey, sim, era para nós um herói pois apanhava mais que cachorro magro mas no final, sua inteligência colocava o bandido atrás das grades.
Por esse motivo, creio eu, esse amigo preferiu o caminho da "malandragem" ou do "rolo" que pelo menos já é um desafio à sua inteligência levar a melhor sobre os outros.
Luiz Dias:
ResponderExcluirApesar de eu tecer lôas aos gibis, me surpreendo com o fato de um amigo meu que lia bastante gibis também não ter seguido o lado ético e moral prescrito pelas aventuras dos personagens.
Parece-me que este amigo se identificou mais com os vilões das histórias do que com os heróis.
Não que ele tenha se tornado criminoso mas tornou-se, de certa forma, roleiro e trapaceiro.
Apesar de considerarmos essa escolha um tanto errada ele acabou se dando bem pois quem é que não gosta do Zé Carioca?
Pois é... O estilo de vida desse amigo se parece muito mais com o estilo de vida do Zé Carioca do que o estilo de vida de qualquer outro bandido.
Das pessoas que conheço que liam gibis nenhuma quis encarnar o Mancha-Negra, o João Bafo-de-Onça, os irmãos Metralhas, etc.
Parece-me que as histórias de Walt Disney tinham o dom de nos saturar da maldade e esperteza dos vilões de tal forma que ninguém ousou copiar esses vilões e fazer deles os seus heróis.
Acho que de tanto o Mickey apanhar e o vilão levar vantagem no decorrer da história para, no final, se ferrar, acabou desenvolvendo em nós uma certa ojeriza pelas vantagens fáceis sem desafios à nossa inteligência.
Por isso, o Mickey posando de herói ingênuo e fracote mas que no final vencia através da inteligência ou astúcia, foi moldando em nós o amor pelo desafio e pelas coisas difíceis e passamos a achar que não valia a pena ser bandido por ser fácil demais para um bandido se dar bem, bastando apenas ser mais forte ou estar armado.
Já o Mickey, sim, era para nós um herói pois apanhava mais que cachorro magro mas no final, sua inteligência colocava o bandido atrás das grades.
Por esse motivo, creio eu, esse amigo preferiu o caminho da "malandragem" ou do "rolo" que pelo menos já é um desafio à sua inteligência levar a melhor sobre os outros.
obrigado
ResponderExcluirbeilissimo comentario de João Labrego
ResponderExcluir