Vargas do Gremio nos traz "A Pequena Lua de Ouro" - um dos clássicos de Paul Murry, nesta edição da revista de abril de 1970. Histórias nunca republicadas: "E o Culpado foi o Gato" de Al Hubbard - "O Sargento e o Urso" de Richard Moore - "Mau Pastor Vai Pastar" de Glenn Schmitz e "A Mata do Pé Grande" de Jack Bradbury.
Muita gente de minha geração acha que não é mais possível na idade em que estamos voltarmos a gostar de revistas em quadrinhos como antigamente.
A questão é apenas de dispender algum esforço e constância no mesmo, pois nosso cérebro ainda tem muitas vias neurais que foram interrompidas no passado em função de novas necessidades que foram surgindo.
Por exemplo, quando chegamos à adolescência não tínhamos mais como nos ocupar de nossas frustrações infantis relativas a gibis que ainda não tínhamos lido, já que a necessidade de parecermos adultos para as garotas era soberana em nós.
Hoje, já passado dos 40 anos de idade e tendo as minhas necessidades de homem adulto já satisfeitas, para mim é com grande satisfação que retomo as leituras de minha infância sinto o mesmo prazer que sentia antes e até mais ainda, pois fui uma criança muito frustrada em minhas vontades infantis e depois de adulto não tive mais como pensar nelas para satisfazê-las, sem passar por idiota ou infantil aos olhos dos outros.
Meu conceito infantil de ser rico era ter uma caixa com centenas de gibis para eu ler, livros de aventuras aos montes e também uma TV para assistir meus filmes e seriados.
Hoje, tudo isso se realizou através da Internet pois tenho todos os filmes e seriados gravados em HDs e os assisto, tenho um acervo de mais de 20.000 gibis em formato digital, tenho mais de 50.000 ebooks em formato PDF, enfim, todos os meus sonhos infantis se realizaram e hoje não carrego mais aquela sensação de pobreza dentro de mim.
É verdade: eu, mesmo ganhando bem, sempre me senti pobre e estranhava isso. Não entendia o que ocorria comigo e por isso, eu não conseguia crescer socialmente, limitando-me aos meus amigos de infância e da escola para me relacionar socialmente.
Depois dos 40 anos de idade em que fui realizando meus sonhos de riqueza da infância, comecei a sentir pela primeira vez em minha vida que sou uma pessoa rica.
He, he... A gente tenta se compensar de uma infância insatisfatória através do dinheiro mas não adianta muito enquanto não satisfizermos aquela criança que fomos no passado em seus sonhos de grandeza e riqueza na vida.
Meu caro João Labrego...suas palavras me emocionaram tanto...e a tantos amigos que nos visitam - que se configuram hoje como verdadeiras "Histórias de Gibis". E peço sua licença para postar seus comentários apaixonados e maravilhosos sobre nossa paixão em comum: os quadrinhos!
Voltar no tempo... Isso não tem preço!! Muito obrigado, de coração!
ResponderExcluirSalve Antonio...tudo bem?
ExcluirObrigado pelas palavras...todos nós adoramos poder voltar nestas incríveis lembranças!
Um grande abraço!
Luiz Dias
Muita gente de minha geração acha que não é mais possível na idade em que estamos voltarmos a gostar de revistas em quadrinhos como antigamente.
ResponderExcluirA questão é apenas de dispender algum esforço e constância no mesmo, pois nosso cérebro ainda tem muitas vias neurais que foram interrompidas no passado em função de novas necessidades que foram surgindo.
Por exemplo, quando chegamos à adolescência não tínhamos mais como nos ocupar de nossas frustrações infantis relativas a gibis que ainda não tínhamos lido, já que a necessidade de parecermos adultos para as garotas era soberana em nós.
Hoje, já passado dos 40 anos de idade e tendo as minhas necessidades de homem adulto já satisfeitas, para mim é com grande satisfação que retomo as leituras de minha infância sinto o mesmo prazer que sentia antes e até mais ainda, pois fui uma criança muito frustrada em minhas vontades infantis e depois de adulto não tive mais como pensar nelas para satisfazê-las, sem passar por idiota ou infantil aos olhos dos outros.
Meu conceito infantil de ser rico era ter uma caixa com centenas de gibis para eu ler, livros de aventuras aos montes e também uma TV para assistir meus filmes e seriados.
Hoje, tudo isso se realizou através da Internet pois tenho todos os filmes e seriados gravados em HDs e os assisto, tenho um acervo de mais de 20.000 gibis em formato digital, tenho mais de 50.000 ebooks em formato PDF, enfim, todos os meus sonhos infantis se realizaram e hoje não carrego mais aquela sensação de pobreza dentro de mim.
É verdade: eu, mesmo ganhando bem, sempre me senti pobre e estranhava isso. Não entendia o que ocorria comigo e por isso, eu não conseguia crescer socialmente, limitando-me aos meus amigos de infância e da escola para me relacionar socialmente.
Depois dos 40 anos de idade em que fui realizando meus sonhos de riqueza da infância, comecei a sentir pela primeira vez em minha vida que sou uma pessoa rica.
He, he... A gente tenta se compensar de uma infância insatisfatória através do dinheiro mas não adianta muito enquanto não satisfizermos aquela criança que fomos no passado em seus sonhos de grandeza e riqueza na vida.
Meu caro João Labrego...suas palavras me emocionaram tanto...e a tantos amigos que nos visitam - que se configuram hoje como verdadeiras "Histórias de Gibis".
ExcluirE peço sua licença para postar seus comentários apaixonados e maravilhosos sobre nossa paixão em comum: os quadrinhos!
Um grande abraço e muito obrigado!
Luiz Dias