Mês de julho de 1970...Paul Murry - "ainda à todo vapor" - nos traz "O Feiticeiro do Castelo Mal Assombrado". Histórias nunca republicadas: - Al Hubbard, Banzé e "Brinquedo Que Nem Lixo - Richard Moore, "Texas Bill e Uma Chance Para Zane".
Scan e Tratamento: Rod Gibi |
Gostei dessa revista do Mickey porque cheguei a lê-la quando criança e a história deixou-me bastante impressionado devido ao seu lado meio que sobrenatural, cheio de mistérios e perguntas não respondidas.
ResponderExcluirEssas histórias na época mexiam com a gente porque a sociedade e até nossos pais e familiares eram um tanto misteriosos para conosco que não conseguíamos entendê-los em suas atitudes, idéias, reações, etc. mais convencionais do que naturais.
Daí aquela impressão que tínhamos de que havia um mistério no ar, algo que não havíamos compreendido direito e que por isso apanhávamos para aprender sem saber exatamente saber o que era para ser aprendido.
Isso se devia ao fato de sermos crianças e movidos por instintos naturais ao passo que os adultos tinham um comportamento artificial e estereotipado a fim de não serem confundidos publicamente com subversivos.
Quem destoasse muito do padrão comportamental imposto pelo regime militar corria o risco de ser parado pela polícia ou pelos militares e levar uma surra dos mesmos.
Hoje, parece-me que quando um cidadão conversa com uma autoridade policial ele a olha diretamente nos olhos.
Naquele tempo não. A gente baixava a cabeça e só respondia sim ou não, evitando-se assim de confrontarmos a autoridade.
O mais estranho hoje é que é justamente essa atitude que recomendam ao cidadão de hoje quando este está sendo assaltado por um bandido, ou seja, jamais encará-lo e manter a cabeça sempre baixa.
He, he... Acho que há pouca diferença entre uma abordagem policial e um assalto à mão armada.